Salve Jorge! Salve Ogum!

   Conhecido como o grande 'mártir’, foi martirizado no ano 303. A seu respeito contou-se muitas histórias. Fundamentos históricos temos poucos, mas o suficiente para podermos perceber que ele existiu, e que vale à pena pedir sua intercessão e imitá-lo.

   Pertenceu a um grupo de militares do imperador romano Diocleciano, que perseguia os cristãos. Jorge então renunciou a tudo para viver apenas sob o comando de nosso Senhor, e viver o Santo Evangelho.

   São Jorge não queria estar a serviço de um império perseguidor e opressor dos cristãos, que era contra o amor e a verdade. Foi perseguido, preso e ameaçado. Tudo isso com o objetivo de fazê-lo renunciar ao seu amor por Jesus Cristo. São Jorge, por fim, renunciou à própria vida e acabou sendo martirizado.

   Uma história nos ajuda a compreender a sua imagem, onde normalmente o vemos sobre um cavalo branco, com uma lança, vencendo um dragão:

“Num lugar existia um dragão que oprimia um povo. Ora eram dados animais a esse dragão, e ora jovens. E a filha do rei foi sorteada. Nessa hora apareceu Jorge, cristão, que se compadeceu e foi enfrentar aquele dragão. Fez o sinal da cruz e ao combater o dragão, venceu-o com uma lança. Recebeu muitos bens como recompensa, o qual distribuiu aos pobres.”

   São Jorge, foi um homem que, em nome de Jesus Cristo, pelo poder da Cruz, viveu o bom combate da fé

Verdade ou não, o mais importante é o que esta história comunica: Jorge foi um homem que, em nome de Jesus Cristo, pelo poder da Cruz, viveu o bom combate da fé. Se compadeceu do povo porque foi um verdadeiro cristão. Isto é o essencial.

   Ele viveu sob o senhorio de Cristo e testemunhou o amor a Deus e ao próximo. Que Ele interceda para que sejamos verdadeiros guerreiros do amor.

   São Jorge, rogai por nós!




    No Rio de Janeiro, dia 23 de abril é feriado e as pessoas devotas comemoram com um bom churrasco ou uma feijoada.  Também é tradição a visita à Igreja de São Jorge no bairro Quintino, onde os fiéis enchem a rua, pintam as calçadas e colocam bandeirinhas vermelhas e brancas.  


Foto pelo portal de notícias G1 - Igreja de São Jorge em Quintino Lotada dia 23-04-2019
Foto pelo portal de notícias G1 - Igreja de São Jorge em Quintino Lotada dia 23-04-2019

Sincretismo: São Jorge & Ogum

    A história do fenômeno do sincretismo vem da escravidão, onde negros, proibidos por seus senhores de cultuar seus Orixás, se viam obrigados a adorar santos católicos, mas nem por isso o faziam sem certo fundamento.

 

    Os africanos escolhiam a dedo os santos eleitos para simbolizar seus Orixás, se Ogum era o Orixá da batalha, dos soldados, um santo guerreiro teria que servir de símbolo deste culto no processo sincrético.

 

    Na região sudeste, sobretudo no Rio e em São Paulo, São Jorge fora o escolhido para ser Ogum, já que São Jorge foi o santo soldado, que nunca renunciou sua fé em Cristo, o que o levou a morte pelas mãos do imperador Diocleciano, que mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303.

 

   São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo (tanto na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa, como também na Comunhão Anglicana). É imortalizado no conto em que mata o dragão e também é um dos 14 santos auxiliares. Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, sua memória é celebrada dia 23 de abril como também em 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele na Lida (Israel), onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do imperador romano Constantino I.

 

    É o santo padroeiro em diversas partes do mundo: Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia, da cidade de Moscou e, extraoficialmente, da cidade do Rio de Janeiro (título oficialmente atribuído a São Sebastião), além de ser padroeiro dos escoteiros, do S.C. Corinthians Paulista (eu como bom corintiano não poderia deixar de citar) e da Cavalaria do Exército Brasileiro.

 

   Ogum é o Orixá guerreiro, dono das ferramentas e armas feitas de metal, portanto muito bem representado pelo santo soldado.

 


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